PF investiga se há elo entre I-licitação com escândalo das notas em CG; bando atuava em 40 cidades

17:58 | 20.08.2008




O superintendente da Polícia Federal na Paraíba, Cláudio Ferreira Gomes, declarou que Operação I-licitação investigará se existe ligação entre o esquema para fraudar licitações com o escândalo das notas frias na cidade de Campina Grande. A maioria das prisões ocorreu na cidade.

Gomes disse, porém, que a PF não investigou gestores públicos até o momento. Mas já rastreou operações da quadrilha em pelo menos 40 cidades paraibanas.

As informações foram dadas em entrevista coletiva concedida no final da tarde desta quarta-feira, 20, onde revelou detalhes da Operação I-licitação, realizada na Paraíba durante o dia de hoje.

A Operação prendeu 12 pessoas acusadas de fraudar licitações e sonegar impostos. Foram nove presos em Campina Grande, dois em João Pessoa e um na cidade de Esperança, interior do Estado.

De acordo com o superintendente da PF, as fraudes eram, em sua maioria, cometidas em licitações de obras. Os presos ainda utilizavam nomes de cidadão comuns para abrir empresas e realizar ilicitudes.

Outra forma de agir dos acusados, de acordo com Ferreira, era participar de licitações, ganhar e passar os serviços para outras empresas e com isso ganhavam comissões que variavam entre 5% e 10% do valor total da obra.

O delegado não revelou nomes dos presos e das empresas que são acusadas alegando que a investigação corre em segredo de justiça e que os presos estão colaborando e fornecendo informações novas.

Para cada licitação fraudada pelo esquema será instaurado um inquérito para investigar os crimes.

Sobre a participação de prefeitos e gestores públicos, Cláudio informou que ainda não começaram as investigações neste sentido, mas, assegurou que isso será feito e tão logo encontrado alguma prova da ação dessas pessoas serão tomadas as providencias cabidas.

“Tão logo existam qualquer indício de participação de prefeitos que possuem prerrogativa de foro, no caso o inquérito geralmente é encaminhado ao Poder Judiciário para analise e verificação para ver se é o caso de encaminhamento para o Tribunal Regional Federal”, declarou.


Marcos Wéric
WSCOM Online

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